Tirando Argentina e Chile, acho que o brasileiro viaja pouco pela América do Sul. Eu mesma confesso que só passei a considerar outros destinos quando o trabalho me levou pra outras cidades hermanas.
Acho que tive muita sorte porque aprendi a viajar a trabalho. E Lima foi a cidade que me ensinou isso, meio que por acaso. Foi uma época muito boa. Durante dois anos eu morei em Buenos Aires, mas a verdade é que, como trabalhava com agências de publicidade parceiras em toda a América Latina, nunca sabia exatamente onde estaria na semana seguinte.
E nos primeiros meses eu, que gosto tanto de viajar, era uma péssima turista quando o assunto era viagem de trabalho. Sempre me limitava ao circuito aeroporto – hotel – agência – cliente – hotel – aeroporto.
Daí que uma quarta-feira eu tinha me programado pra ir pra Lima e estava tudo certo e cronometrado pra voltar na sexta quando fui surpreendida com o cancelamento do meu vôo. Me vi presa por dois dias, assim sem nada pra fazer, já que o próximo voo era só no domingo.
Foi então que inesperadamente eu me joguei em um city tour e fui procurar saber o que os turistas faziam em Lima.
O bairro mais bonito da cidade é Miraflores. Impressionante como é arborizado e o cuidado que eles têm pra tudo se manter tão verde, florido e bem arrumado. Resultado de muito trabalho. O tempo todo se via na rua gente cuidando dos jardins e praças públicas.
Essa é a foto é da Plaza Mayor, que reflete bem a colonização espanhola, pois reúne em torno da praça o poder religioso, La Catedral, o poder político, el Palacio de Gobierno, e o poder do povo, el Ayuntamiento (prefeitura).
Duas coisas são estranhas na capital peruana. A primeira é que não chove na cidade quase nunca. Quando digo quase nunca, são ANOS sem chuva. Isso explica algo que me chamou atenção logo quando o avião aterrissava: as casas mais humildes não têm teto.
E a outra coisa é o trânsito que é caótico! As pessoas buzinam o tempo todo sem sentido. E os taxis são um capítulo à parte. Pra começar, não eram legalizados nem tinham taxímetro. Por isso, o preço da corrida variava de acordo com a distância, com a hora, com o trânsito, com o humor do motorista e, evidentemente, com a cara do freguês. O interessante é que quando eu fui muitos motoristas em carros de passeio do nada colocam uma placa de taxi e imediatamente viram taxistas, aproveitando o trajeto normal do dia. Não sei se continua assim mas era bem perigoso andar de taxi por lá.
Mas pra mim o ponto alto de Lima é mesmo a gastronomia. Mas o Osaka não é um restaurante só de comida peruana. Eles se definem como um peruano oriental & Sushi Bar. Como eu amo comida peruana e amo comida japonesa, ficou bom pra mim! Fui catar a foto do que eu comi mas só encontrei da sobremesa – eeee, gordice! Pra mostrar como os pratos são lindos, catei no site. Tá aí:
E a foto da sobremesa é minha mesmo!
Obrigada Lima, por ter me ensinado a juntar trabalho e turismo. A partir desta viagem passei a programar minhas reuniões próximas ao final de semana pra dar uma esticada e meu “diário da motocicleta” ficou bem mais divertido!
O Osaka de Lima fica na:
Avenida El Polo 660, Surco
(51 1) 437 7320
E se você gostou da ideia de jantar no Osaka, nem precisa ir a Lima. Tem em Buenos Aires e Santiago também e, escrevendo este post, descobri que também tem em São Paulo! Novidade pra mim, na próxima ida à terra da garoa vou bater o ponto lá.
Em Buenos Aires tem dois:
Soler 5608 – Palermo
Juana Manso 1164 – Palermo
Faena Arts Center
(54 11) 5352 0404
Em Santiago:
W Hotel – Las Condes
Isidora Goyenechea 3000
(56 2) 770 0081
Em São Paulo:
Rua Amauri, 234 – Itaim Bibi
(55 11) 3073 0234
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